sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

A LENDA DO PEIXE FRANCÊS - VALIDUATÉ LINDA MÚSICA




A LENDA DO PEIXE FRANCÊS

VALIDUATÉ



Era uma vez um peixe francês



Soturno e muito triste



Se perguntava: será que existe maiores mágoas



Que as minhas nestas águas?!



Dia após dia, imerso em agonia, nadava



E tudo o que via



Era a arvore verde e amarela na beira do rio



E só pensava nela:







Ainda, a linda borboleta



Inteira feita de estrelas pretas



Que vislumbrou apenas uma vez



E tornou-se o grande amor do peixe francês



O peixe que nunca tivera dores



Nem problemas com amores



Pois sua memória e consciência no mundo







Duravam sempre trinta segundos



Porém, depois de ver aquele ser arcanjo



Rompendo seu casulo, num pulo.



Criou fixa idéia na mente



E amor e morte...só sente.



O peixe leva na lembrança







Toda a pujança da paixão que arde



Desde aquela tarde.



A borboleta parecia uma letra



No meio de negras constelações e modernos aviões



Verão, outono, inverno e primavera



E a paz pro peixe não viera



Nem nunca mais aparece







A borboleta que o entristeceu



Muito tempo tinha se passado



A vida seguia com alma fria, seu fado



Mas eis que durante a quinta estação do ano



O peixe avistou um ser humano



Assustado, jamais tinha olhado gente assim:



frente-a-frente







Uma mulher entrou na água, nua



Numa negra noite de clara lua



E o triste peixe percebeu no peito da moça de louça



A borboleta de estrelas pretas



As lágrimas no olho do peixe







Eram feixes de emoções por todos os seus corações



Ele olhava a borboleta



Mais bela que o som da clarineta



Mexendo as asas como as algas das sua casa



Depois de chorar de alegria



E conter seu corpo, em folia







O peixe viu a linda moça de louça



Serena, saindo do rio



Com um riso no canto da boca



E achando assim a vida pouca



Lembrou que era o décimo terceiro mês:



Épouca em que todo peixe francês



Vê seu amor pela última vez